sexta-feira, 4 de junho de 2010

Meia-chave

Escrever o que? O que escrever?
Subta vontade me ressurgiu.

A fênix do papel e caneta
com ausência criativa.

Passada a queda do precipício
não há mais nada a ser dito.

Amores almejados,
inalcançáveis esquecidos.

Vida mostrou-se ávida
e sugou toda energia possível.

Bifurcações das escolhas,
uma permanece anônima.

Toda fênix emerge das cinzas,
esta morta não está.

Desmotivada e tímida
suas marcas quer esconder.

Vergonha de nas chamas
ter morrido, passiva.

De reaparecer diminuta
dos seus próprios restos

De para sempre ser
idolatrada fênix.



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